PAI OGUM


ORAÇÃO PARA OGUM


PRECE AO PODEROSO ORIXÁ OGUM


Pai, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece, e que sejam ouvidas. Que esta prece corra mundo e universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para as suas dores. Que corra os quatro cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos, em forma de brado de advertência de um filho de Ogum, que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino. Ogum, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho. Ogum, senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel caminheiro seguidor do teu exército, e que nas minhas caminhadas só haja vitórias. Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu pai, minha vitória será certa. Ogum, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que eu trabalhe para que no meu jardim só haja flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males.
Ogum, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a Ordem dos Cavaleiros deOgum. Pai, daí luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem porque vivem nas trevas, e na realidade só perseguem a luz que vós me destes. Senhor, livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos-grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só leva a destruição. E que todos aqueles que ouvirem esta prece, e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.


Ogum Iê
Saravá Ogum.
Obrigado por tudo Meu Pai!


QUALIDADES OU CAMINHOS DE OGUM
Como diz Altair T´ogun em seu livro, não existe qualidade de orixá, mas sim diferentes meios de cultuá-lo baseado em cultura advinda de várias cidades africanas diferentes, porém a partir de hoje estarei escrevendo sobre suas qualidades e começarei com o Orixá Ogun.


- Ògún Meje - É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ògún completo, velho solteirão rabujento.


- Ôgúnjá - é um Ògún, como indica seu nome, particularmente combativo. Amigo do cachorro que lhe é consagrado é como ele um protetor seguro. Mas tem temperamento rabugento, solitário, veste-se de verde escuro e usa contas verdes..Dizem que acompanha Ogúnté.


- Ògún Ajàká - é o "verdadeiro Ògún guerreiro", sanguinririo, que em princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Sàngó. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ògún, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.


- Ògún Xoroke - usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo do colar de Esú, seu irmão e amigo íntimo. "Xoroke é um Ògún que tende a confundir-se com Esú, agitado, instável, suscetível e manhoso.


- Ogun Meme - veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente.


Ògún Wori - (Warri, ou wori: Yorübá) - é um Ògún perigoso, dado da feitiçaria, ligado ao màriwò, aos antepassados.; Tem temperamento difícil, suscetível, autoritário o espírito dogmático.


Ògún Lebede (Alagbede) - é o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá Ogúnté e pai de Ògún Akoro. Representam um tipo mais velho de Ògún, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”, ciente de seus deveres como de seus direitos, exigente e rabujento.


Ògún Akoró - é o irmão de Òsòsi, ligado a floresta, qualidade benéfica de Ògún invocada no pàdé. Filho de Ogúnté, Akoró é um tipo de Ògún jovem e dinâmico, entusiasta, era preendedor, cheio de iniciativa, protetor seguro, amigo fiel, e muito ligado a mãe.


Ògún Oniré - é o título do filho do Ògún que reinou sobre Iré, o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ògún antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente.


Ògún Olode - é o Ògún dos caçadores, originário de Kétu. Não come galo por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha ao de Òsòsi.


Igbo - é outro


Ògún Popo – seria o nome de Ògun quando foi a terra dos jeje.



OGUN-XOROQUÊ




Na mitologia do primitivo povo africano Noc, que mais tarde se transfigurou no povo extinto dos Ilú Ukulmi, há a menção de 600 deuses primários, divididos em duas raças, a dos 400 dos Irun Imole e a dos 200 Igbá Imole, sendo os primeiros deuses do Céu e os segundos deuses da Terra.


Da união entre estas duas raças, que outrora entraram em confronto, surge duas classes distintas de deuses secundários, os Orixás da raça do Irun Imole, e os Ebora da raça dos Igbá Imole, e destes surgem duas classes de deuses, os Orixá Funfun (deuses Brancos), e os Orixá Dudu
(deuses Negros), que se uneme formam uma terceira classe, a dos Orixá Pupa (deuses vermelhos), divididos entre Omodê Okunrin ou Descendente Masculino e Omodê Obirin ou Descendente Feminino.


Quando os Igba Imole cessaram as disputas com os Irun Imole, um destes Omodê Okunrin denominado Ogun, foi designado pelo deus supremo, Olodunmarê, para ser o Guardião dos 200 Igbá Imole, e para ser o “mensageiro entre as duas raças de deuses” seria designada uma terceira raça de deuses primários, denominados de Imole Exú.
Distinguidos por diversos epítetos, tais como, Imole Exú Yangui, Imole Exú Agba, Imole Exú Igbá Ketá, Imole Exú Okotô, Imole Exu Odara, Imole Exú Osije, Imole Exú Eleru, Imole Exú Enú Gbarijo, Imole Exú Elegbara, Imole Exú L’Onan, Imole Exú Odusô e outros nomes como protetores de cidades, como Lalu, Akessan, Alaketu, Baralakossô e guardiões e servidores dos Orixás Omodê Okunrin e Obirin, como Imole Exú Gulutú, do Orixá Okô ou o Imole Exu Sorokê, do Orixá Okê.


O culto ao Orixá Omodê Okunrin Okê, englobaria ao culto ao Imole Exu Sorokê, e por ser o Orixá-Okê um deus Odé ou Caçador ligado a Montanha, talvez tenha se fundido ao culto de Ogun, que também é um Odé, muito ligado ao Orixá Omodê Okunrin Okô e ao Orixá Omodê Okunrin Oxóssi, deuses relacionados à agricultura e a caça.


Como houve uma fusão do culto de Ogun com o culto de Okô, na figura de Ogun Gemini ou Gunokô, bem como uma possível fusão com o Orixá Funfun Irokô, ligado aos deuses fitomorfos, pode ter ocorrido também uma fusão do culto de Ogun com o do Orixá Okê e seu Exú Sorokê, criando o epíteto de Ogun Sorokê.


Já que Ogun e Exú são ligados um ao outro, é provável que tenham se fundido o deus Ogun com esse Exú, criando o chamado Orixá Meji ou Duplo, neste caso metade Ogun e metade Exú Sorokê.


O Nome Sorokê, pode derivar de Osô-Arô-Okê, sendo que a partícula Osô significa “detentor do poder mágico”, Arô designa “um deus velho ou antigo” e Okê é “a montanha”, formando então o nome “antigo deus da montanha detentor do poder mágico” ou mais comumente, “Senhor do Alto da Montanha”.
A nomenclatura Osô é um termo também utilizado para os Antigos Feiticeiros, ou designar “feitiço”, “maldição”, bem como nomes de deuses antigos há muito tempo esquecidos como Dsô, Osôgbô, Osô, deuses relacionados aos vulcões e montanhas, associados aos Vodun da família do Raio e do Trovão, como Heviosô, análogos ao deus Dzacuta ou Xangô.


Ogun sendo um deus da forja dos metais e do fogo, provavelmente, se fundiu, ou foi confundido, com o Orixá Okê e seu Exú Sorokê ligados não somente ao Pico das Montanhas, mas também aos vulcões.


Ogun Sorokê, portanto, é um Ogun ligado aos vulcões, ao magma e ao culto aos Osô ou feiticeiros seguidores de Okô.


É além de um deus vulcânico um grande feiticeiro, portador do segredo da forja de todos os metais, inclusive do ouro.


É possuidor da riqueza assim como o seu Orixá Meji Okê que é um deus também da prosperidade e da abundância.


É descrito metade Imole Exú Sorokê e metade Ogun, sendo portanto um deus da guerra, dos caçadores, da forja dos metais, das armas e da magia contida no ouro e no ferro.
Ogun Xoroquê no Brasil:


O culto ao Orixá Okê, tal como, o dos Orixás Okô, Gunokô, Bayanni, Oduduwa, Onilê, Rowú e outros deuses que deixaram de serem cultuados no Brasil, perdeu um pouco das raízes africanas, sendo estes considerados deuses quase que extintos no Candomblé.


Este fato levou muitos sacerdotes deste culto, a reduzirem alguns Orixás a seres “encantados” ou Ekunrun (guias) de Umbanda e de Omolokô do Brasil, como o caso de Gunocô, que não é o Curupira dos indígenas, mas, foi confundido com o mesmo.
Durante esta miscigenação de raças e culturas, muito da tradição do culto destes deuses africanos considerados “extintos” aqui no Brasil foram reduzidos a elementos da crença Indígena, de Umbanda e de seu sincretismo com o Catolicismo, como ocorreu também com o Ogun Xoroquê, sendo muito comum alguns sacerdotes de Candomblé denominar este como “um Exú de Umbanda”, ou seja, um Ekunrun ou um guia como os pretos-velhos, caboclos, boiadeiros, ciganos ou entidades de “incorporação” em “médiuns” espíritas e umbandistas. Erroneamente muitos confundem antigos “diabos ou espectros” da religião antiga sumeriana e babilônica, com o Imole Exú.


Muitos destes entes são denominados por nomes cabalísticos e portam tridentes, adagas, cetros e utilizam insígnias mágicas do ocultismo europeu e da antiga religião nórdica, não que estes entes não existem, eles realmente são verdadeiros e vieram de uma cultura muito rica que é da antiga Suméria, são “demônios” tanto benignos quanto malignos, cujo nome vem do grego “demos” que significa “comunidades, legiões”.


Os entes encantados da Umbanda, na cultura africana são denominados por diversas categorias como de “Kianda ou Quiandas” que são sereias, ondinas ou elementais das águas, que assumem qualquer forma desde a humana como a de peixe ou de seres sobrenaturais, os Ajagun, que são entes maus e também seria um termo que posto como Jagun designa para alguns autores, as entidades guerreiras, guardiões ou talvez as ditas “entidades exus”, os Ajé que é um termo utilizado tanto para designar demônios como também a presença de malefícios, sortilégios, feitiçaria ou deusas feiticeiras, os Ekunrun que são os Guias, os Iwin e os Igi, espíritos ancestrais e fitomorfos das árvores, e os Okú, que designa qualquer defunto ou espectro de ser humano morto, não devendo confundir com Ikú que designa o nome do Igbá Imole Ebora Ikú, que rege a Morte.
Há uma outra categoria de entidades como os Egungun, que é um termo utilizado de forma errada, como acorreu com a confusão de culturas, para designar os Quiandas, Ekunruns, Ajagun, Oku e outras entidades de uma forma geral.


Egungun, cujo nome vem do yorubá Egun, que significa “Ossos”, são Os Antigos Ancestrais, que na verdade são umas das três classes dos Onilê que são seres divinizados sobre a Terra, representados por um único deus chamado pelo mesmo nome, que significa “Dono da Terra”.


As outras duas classes de Onilê são os Babá Agbá Egun ou Os Pais Ancestrais Falecidos, divinizados por seus méritos terrestres, e também os Esá ou Ancestrais Especiais, que são os Babalorixás, Babalawôs e Iyalorixás ou sacerdotes falecidos, os Babá Egun e as Iyá Egun.


O Pai maior ancestral é denominado de Babá Olukotun Olori Egun ou Senhor do Lado Direito da Cabeça dos Mortos, e a Mãe Ancestral Maior é chamada de Iyá Agbá Nlá.


Os Orixás Tutelares destas três classes de Onilê, são Obaluaiyê com poder delegado por Igbá Imole Ebora Ikú e também Iyámi Oyá Igbalé conhecida como Iyá Messesan (Yansan).


Ogun Xoroquê (Sorokê), portanto, não é nem “exú de Umbanda”, nem Egun, nem “caboclo encantado”, ekunrun e afins, é um Orixá que surgiu de um culto do Orixá Okê e seu Imole Exú Sorokê fundido com o culto do Ogun Xoroquê (Sorokê).
Grata por informações doadas pelo Prof. e Babalorixá Amaro de Ogum.


Mais sobre Xoroquê............


Esse Ogum encontra-se na irradiação de Exu.Este Orixá não tem falange,ele é um Exu prisioneiro de Ogum,e tem duas formas de se apresentar,como Ogum Nagô(forma a qual se apresenta mais na umbanda) e Ogum Xoroquê(forma a qual se apresenta no Candomblé).
OGUM NAGÔ:trabalha-se na irradiação pura de Ogum;
OGUM XOROQUÊ:trabalha-se como Ogum virado para Exu;
PONTO CANTADO
"São Miguel,São Miguel,
São Miguel está chamando,
Ogum Nagô,no terreiro de umbanda,
São Miguel está chamando"
OBS:São Miguel Arcanjo, é o guardião entre da passagem da Terra para o céu.



O Nome Sorokê, pode derivar de Osô-Arô-Okê, sendo que a partícula Osô significa “detentor do poder mágico”, Arô designa “um deus velho ou antigo” e Okê é “a montanha”, formando então o nome “antigo deus da montanha detentor do poder mágico” ou mais comumente, “Senhor do Alto da Montanha”.


nomenclatura Osô é um termo também utilizado para os Antigos Feiticeiros, ou designar “feitiço”, “maldição”, bem como nomes de deuses antigos há muito tempo esquecidos como Dsô, Osôgbô, Osô, deuses relacionados aos vulcões e montanhas, associados aos Vodun da família do Raio e do Trovão, como Heviosô, análogos ao deus Dzacuta ou Xangô.

Ogun sendo um deus da forja dos metais e do fogo, provavelmente, se fundiu, ou foi confundido, com o Orixá Okê e seu Exú Sorokê ligados não somente ao Pico das Montanhas, mas também aos vulcões.

Ogun Sorokê, portanto, é um Ogun ligado aos vulcões, ao magma e ao culto aos Osô ou feiticeiros seguidores de Okô.

É além de um deus vulcânico um grande feiticeiro, portador do segredo da forja de todos os metais, inclusive do ouro.

É possuidor da riqueza assim como o seu Orixá Meji Okê que é um deus também da prosperidade e da abundância.

É descrito metade Imole Exú Sorokê e metade Ogun, sendo portanto um deus da guerra, dos caçadores, da forja dos metais, das armas e da magia contida no ouro e no ferro.
O culto ao Orixá Okê, tal como, o dos Orixás Okô, Gunokô, Bayanni, Oduduwa, Onilê, Rowú e outros deuses que deixaram de serem cultuados no Brasil, perdeu um pouco das raízes africanas, sendo estes considerados deuses quase que extintos no Candomblé.

Este fato levou muitos sacerdotes deste culto, a reduzirem alguns Orixás a seres “encantados
Ogun Xoroquê (Sorokê), portanto, não é nem “exú de Umbanda”, nem Egun, nem “caboclo encantado”, ekunrun e afins, é um Orixá que surgiu de um culto do Orixá Okê e seu Imole Exú Sorokê fundido com o culto do Ogun Xoroquê (Sorokê).







NA IRRADIAÇÃO DE OGUM


Os atributos dos Orixás representam as maiores qualidades que se espera que um Ser Humano alcance após muitas dificuldades. Representam o ideal desejado do que conseguimos compreender de Perfeição.


Também cada Orixá contém em seu arquétipo, a representação das Forças da Natureza que nos cercam, de modo que o(a) umbandista acaba vivendo 24 horas no entendimento das ações e reações derivadas destas forças e dos seus prórpios atos. Sem que se torne fanático, ele(a) vai aprendendo a caminhar pela Terra dentro de uma compreensão especial, fruto do conhecimento da atuação destas Forças sobre si. É uma forma entre muitas, de auto-conhecimento e conhecimento do Planeta onde habita e interage.


Quando pensamos em emanação das Forças da Natureza, devemos observar que a mesma vem sendo relatada desde o início dos tempos. Quando o homem descobriu o fogo, ele começou a adorá-lo como Força Mágica, um deus. O mesmo ocorria com os raios, as enchentes, os eclipses.No Egito, nos segredos dos templos, os mistérios remontavam ao Poder do Fogo, dos Metais, do Ar e da Água, movidos, junto ao desenvolvimento do poder mental, mas muitas vezes, ao longo dos séculos, foram envenenados pela violência e barbárie dos rituais.


Da bela Grécia chega até nós a Mitologia com a personificação destas Forças Mágicas, do Poder do Mar ( Poseidon), das Matas (Demeter), do Fogo (Hefesto), do Ar (Hermes), e o Poder Supremo (Zeus), entre outros.


Na Mitologia Nórdica, há Odim, o deus Supremo, Thor, senhor da Lei com seu machado (Xangô); Freija, deusa do amor (Oxum), Heimdall com características parecidas com Oxóssi, Loki se identifica com Exu, e Ogum e Odim com muitas emanações semelhantes. Estes pensamentos se coadunam com os de Rubens Saraceni no livro “Gênese Divina da Umbanda Sagrada”, embora anteriores à sua leitura, mas esta coincidência vem de encontro á uma reflexão que a Verdade sempre aparece, mesmo se caminhos diversos são trilhados.


E da antiquíssima África, onde sabemos que foram encontrados os resquícios dos primeiros da raça humana, cita o autor Omolubá,em seu livro – “Orixás- os Mitos e a Religião na Vida Contemporânea” – que o conhecimento que nos vêm sobre Ogum, vem da tradição africana Yorubá., onde em tempos muito, muito antigos, o retrato da entidade pujante, esbelta, destemida, valente e belicosa por natureza. Ligado ao ofício da guerra, no seu lazer voltado à caça. E em qualquer tempo, artesão primoroso de armas, ligado aos metais.


Além disso considerado um exímio cavaleiro, vencedor de demandas, manipulando encantamentos e sortilégios,é o vencedor do Rito e da Magia.


Na evolução do mundo, Ogum inspirou a descoberta da forja, bigorna, martelo, enxada, faca, torquês, espada, facão e lança, além das couraças protetoras.





Conta a lenda, segundo Omolubá, que “quando na matinata surgem os primeiros raios de sol,. vê-se em todas as direções e horizontes da Terra, a magnífica, telúrica e resplandescente imagem de Ogum montado em seu fogoso corcel, a insuflar muita coragem e muito ânimo para a batalha do dia-a-dia, pois o que importa é seguir sempre em frente e vencer!”


A energia de Ogum é emanada do astral até nós do plano encarnado, e sentida por seus seguidores, infundindo-lhes grande otimismo., entusiasmo, esperança, firmeza e alegria. Ogum favorece a ordem e disciplina nos relacionamentos, seja na família, trabalho e/ou vida social. Esta ordem também chega aos pensamentos e sentimentos, de maneira que aquele sob sua vibração, consegue seguir uma vida reta e digna.


Não se deve associar Ogum à violência, quando se fala que ele rege a guerra. Pois no plano espiritual, a guerra mais difícil a ser conquistada, é aquela sobre si mesmo, contra as más tendências, contra o orgulho, prepotência, soberba, ganância, falsidade, egocentrismo, apego, ignorância e medo. Ele ensina o autoconhecimento, de modo que se possa viver plenamente e sem máscaras, ultrapassando todos os conflitos, mantendo sua crença e sua verdade, sem humilhar e sem sofrer.


Ogum pode ser severo, até violento com seus filhos, mas Ogum é o cavaleiro do Amor, fazendo os mesmos superarem suas fraquezas, ceifando dúvidas, pendengas e inseguranças. Ogum é sentimento vibrante, não fogo da paixão que se apaga e se transforma em cinzas, mas o Fogo Renovador que tempera as almas e as faz inquebrantáveis, e cada um deveria buscar este conhecimento como quem busca a Pedra Filosofal dos antigos alquimistas.


Entretanto, enquanto os filhos de Ogum não manifestam a plenitude de sua influência benéfica, quando em desequilíbrio, demonstram indisciplina, arrogância, ciúmes exagerados, teimosia, egocentrismo, violência. Sofrem muito, até compreenderem como deve ser sua conduta correta.


No livro “Gênese Divina da Umbanda Sagrada” , de Rubem Saraceni cita:




“ Ogum é sinônimo de Luz Maior, Ordenação Divina e retidão em todos os sentidos.
Ogum é a Ordenação Divina em si mesmo: ele ordena a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça, a Evolução ea Criação. Por isso está em todas as outras qualidades divinas.
Ogum é a força que ordena tudo e todos, e tanto está presente na estrutura de um átomo como em qulquer parte do Universo.”




Orixá não é divindade, pois na Umbanda cremos num único Deus. A Umbanda não é politeísta, portanto, Orixá é potência de Luz emanada de Deus, que chamamos de Zambi. Portanto, Ogum não é um deus, mas uma manifestação Divina, que ordena e abre todos os caminhos. É impressionante a Força de transmutação que pode exercer.


A realidade de cada um é única, mas pode e influencia de fato os que estão ao redor. Esta força modificadora e mágica, que faz mover, que tira de um estado inerte para a ação, forçando a roda da vida a nova rotação, enriquece com novas experiências, novas oportunidades, novas portas e janelas em outros cenários, capacitando os viajores, usando a vestimenta carnal para obter novas respostas, atingir novos patamares, superar velhas quizilas e enfrentar e desmanchar qualquer demanda. Este, é Ogum.





Ogum é muito querido e cultuado no Brasil. Neste nosso pais, perdeu, todavia, os atributos de protetor da agricultura e da caça, que passaram a ser identificados exclusivamente com Oxóssi, e tornou-se conhecido sobretudo como Senhor da guerra, sendo sincretizado na Bahia com Santo Antônio de Pádua e nos outros Estados, especialmente o Rio de Janeiro, com São Jorge.


Existe uma passagem da história do Brasil onde se denota a grande fé a Ogum como Senhor da guerra. Cabe lembrar que os negros constituíam maioria entre os soldados e marinheiros que lutaram na Guerra do Paraguai. As tropas jamais deixaram de invocar a proteção de Ogum, seja diretamente ao orixá, seja na forma de São Jorge, o que talvez explique algumas expressões presentes nos pontos cantados, como Ogum jurou bandeira nos campos do Humaitá. A hipótese se torna ainda mais forte quando lembramos que Humaitá é o nome de uma localidade onde ocorreu uma das mais importantes batalhas daquela guerra, sendo ao mesmo tempo o nome atribuído à região do mundo invisível – o orum – que se acredita seja a morada de Ogum.







Temos no mes de abril , exatamente no dia 23, as homenagens ao Orixá Ogum. Os falangeiros de Ogum são:


• Ogum Beira-Mar
• Ogum Megê
• Ogum Sete Ondas
• Ogum Sete Espadas
• Ogum Iara
• Ogum Matinata
• Ogum Rompe-Mato


Estas falanges possuem plêiades de espíritos evoluídos e em diversos estados de evolução, que estão representados pelos caboclos de pena, pelos caboclos de couro ou boiadeiros, pelos pretos velhos, crianças e exus.


E alguns ainda consideram Ogum como a 4ª linha dentro da Umbanda,com as seguintes Legiões:


Ogum de Lei - traz consigo a vibração pura de Ogum e trabalha para todo o planeta. É a própria Lei regendo os reajustes cármicos. Suas oferendas podem ser feitas em qualquer lugar do mundo, acrescida de uma vela oferecida ao tempo.


Ogum Beira-Mar - aliada ao Povo do Mar. Na areia do mar é conhecido como Beira-Mar e nas ondas é Ogum Sete Ondas. Suas cores são vermelha e branca. Atua na ronda da Calunga Grande (mar, oceano) e no reino de lemanjá. As oferendas são feitas na areia molhada, sobre um pano branco com bordas vermelhas.


Ogum Megê – conexão com o Povo Megê (africanos). Sua falange trabalha na Calunga Pequena (cemitério), na calçada que o cerca, diretamente com as almas. Suas cores são branca e vermelha e suas oferendas devem ser feitas em volta do cemitério.


Ogum Naruê – trabalha basicamente no des¬manche da magia negra, dentro da Linha das Almas, exercendo seu domínio sobre as almas quimbandeiras. Suas cores são branca e vermelha e aceita suas oferendas dentro do cemitério ou na mata, em locais consagrados para esses rituais.


Ogum Matinata - defende os campos onde são feitas as oferendas para Oxalá, bastante comuns em colinas floridas. Não há muitos médiuns que conseguem tê-lo como Guia, pois é bastante difícil de incor¬porar. Suas cores são branca e vermelha, predominando mais o branco. Suas oferendas devem ser entregues em campos com muitas flores. Apesar de guardar as oferendas de Oxalá, não vibra diretamente com o mesmo.




Ogum Iara – Povo dos Rios. Esta é a falange que trabalha nos rios, lagos e cachoeiras, grande colaborador de Oxum. Suas cores são branca e vermelha e também, algumas vezes, verde e vermelho, simbolizando a mata. Suas oferendas devem ser feitas em rios, lagos e cachoeiras.


Ogum Rompe Mato - ligado a Oxóssi e ao Povo das Matas. Esta falange costuma trabalhar cruzada com Oxossi, nas matas e nas pedreiras, onde também é conhecido como Ogum das Pedreiras, trabalhando cruzado com Xangô. Suas cores são branca e vermelha, algumas vezes verde e vermelho, combinando com o branco. As oferendas para Ogum Rompe-Mato devem ser feitas na entrada da mata; Ogum das Pedreiras recebe suas oferendas em volta de uma pedreira.


Ogum Nagô – Junto ao Povo de ganga ( nagô)


Ogum Malei – Da linha Malei ( Povo de Exu)


No livro “ Umbanda de todos nós”, Matta e Silva relata que a Linha de Ogum apresenta 42 Orixás Chefes de Falange, como intermediários para as demais Linhas, um pouco diferente do acima descrito, mas que vale a pena estudar e desenvolver o pensamento e fazer comparações, até chegar a um entendimento comum. São eles:
a- Ogum de Lei;
b- as entidades com nome de Ogum Yara, intermediárias para a Linha de Yemanjá;
c- as entidades com nome de Ogum Megê, intermediárias para a linha de Yori;
d – as entidades que tomam o nome de Ogum Rompe Mato, intermediárias para a Linha Oxóssi;
e- as entidades que tomam o nome de Ogum de Malê, intermediários parra Yorimá
f- as entidade que tomam o nome de Ogum Beira-Mar, intermediários de Xangõ
g- as entidades que tomam o nome de Ogum Matinata, que são intemediários parta a Linhade Oxalá.


Senhor dos limites, sempre está na frente abrindo a passagem para os demais Orixás. Razão esta que se explica nos rituais de Umbanda sua saudação em primeiro lugar (entre os orixás, já que a primeira saudação deve ser a de Exu).


Ogum exerce um papel fundamental na Umbanda, comandando os Caboclos, os Exus e as Pombogiras, faz a guarda dos locais sagrados e dos médiuns de Umbanda. São eles que vão na frente para proteger e zelar pelas caravanas, pelo espíritos em missões de resgate e de trabalho.


Teremos Ogum no limite do mar e terra, do campo santo e do profano, na entrada da mata, na beira dos rios e cachoeiras, e assim por diante. Isso também explica a razão de Ogum estar relacionado às estradas, aos caminhos.


Sendo vencedor de demandas, sendo um Orixá próximo aos trabalhos de Exu, deve dominar e manipular a magia. Isso também dá a Ogum uma relação íntima com os elementais. O Senhor Exu Tranca Ruas é o correspondente negativo na Vibração Espiritual de Ogum. Há ainda uma classificação que se encontra na Apostila da Sociedade Mata Verde que é a seguinte:


Exu Sete Chaves - intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Oxalá


Exu Nanguê – intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Yemanjá


Exu Toquinho – intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Ibeji


Exu Meia-Noite – intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Xangô


Exu Pemba - intermediário para Ogum na Vibração Espiritual de Oxossi


Exu do Lodo - intermediário para Ogum na Vibração Espiritual deYorimá


Ogum vibra na Umbanda e na Quimbanda, lutando contra o Mal, e a linha de Ogum na Quimbanda chama-se Linha do Cemitério.


Para finalizar, gostaria de pontuar uma certa controvérsia, onde em muitos centros se divulga que o guia de Ogum incorporado em seu cavalo não gira. Discordo, pois frequentemente vejo Caboclos de Ogum girarem, descarregando o aparelho (cavalo) ou consulentes, ou na corrente . Sem querer de modo algum provocar polêmica deixo ainda alguns lindos pontos de Ogum que reforçam meu pensamento.




Falange do Caboclo Akuan


“Sêo Akuan é um caboclo guerreiro
Ele vem na falange de Ogum (bis)
Ele olha por todos os seus filhos,
Meu Pai (bis)
Ele não esquece nenhum ( bis)
Ele gira com o sol e com a lua
Ele gira com a terra e com o mar
Ele vem com sua falange, meu Pai
Pra firmar o seu jacutá (bis)”


Ogum Beira Rio


“Beira Rio, Beira Rio, Beira Mar
O que se ganha de Ogum
Só Ogum pode tirar ( bis)
Seu Ogum de Ronda
Ele vem girar
Vem trazendo folhas
Pra descarregar”


Saudação ao Seu Ogum de Ronda


“Quem está de ronda é São Jorge
Meu Pai me diz aonde é
Quem está de ronda é São Jorge
Salvai os filhos de fé
Quem está de ronda é São Jorge
Meu Pai me diz aonde é
Quem está de ronda é São Jorge
Jesus, Maria e José
Quem está de ronda é São Jorge
Deixa São Jorge rondar
São Jorge é guerreiro
Que manda na terra e manda no mar
Saravá meu Pai ( bis)
Girar é bom ( bis)
Girar é bom
É bom girar”


ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE OGUM:


Dia da semana - terça-feira
Cor – Vermelha
Ervas - espada de São Jorge, folha de jabuticaba, tansagem, lança de Ogum, folha de mangueira, folha de aroeira, folha de salgueiro-chorão, pata-de-vaca, folha de mangueira, abre caminho, beldroega, carqueja, losna, língua-de-vaca, peregum (dracena com raios vermelhos). Folhas de coqueiro(mariô), casca de alho, casca de cebola, menta, mostarda, samambaia, mostarda, guiné, alcachofra, aspargo, arruda, jurubebam romã, comigo-ninguém-pode, porangaba, cravo branco/vermelho, folhas de coqueiro, azaléia.
Amaci – água de mina, guaco, arnica, funcho, hortelã, cravos vermelho/branco
Cor das Guias e Velas – vermelha, vermelha e branca
Saudação – OGUNHÊ!
Planeta Regente - Marte


Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ


Fontes pesquisadas:
Matta e Silva, W.W. de. Umbanda de todos nós
Omolubá – Orixás- os Mitos e a Religião na Vida Contemporânea –
Revista Espiritual de Umbanda nº 08
Saraceni, Rubens – Gênese Divina da Umbanda Sagrada
Sociedade Espiritualista Mata Verde- Apostila Curso de Umbanda- cap. 30



POESIA PARA OGUM BEIRA-MAR


Paulo Lourenço


Vem vindo ao longe um cavalo branco,
correndo na areia bem junto do mar.
Cavalgando em cima, vem um belo guerreiro.
Salve meu pai! É Ogum beira-mar.


Vem me dar força, vem me dar fé,
e com sua espada me dá protecção.
Mãe Iemanjá sua estrela me guie,
e pai Oxalá me dê sua mão.


Levai-me consigo em seu cavalo,
Ogum beira-mar, meu pai valente.
A si meu pai entrego meu fado,
na minha vida estais sempre presente.


Protege seu filho meu pai amado,
me mostre sempre o melhor caminho.
Em troca eu ajudo seus filhos perdidos,
pois sei que consigo não estou sózinho.


Salve Ogum beira-mar!


Obs: Poema dedicado e escrito para Pai Pedro de Ogum pela data comemorativa de seu aniversário em 14
de Novembro de 2007


Retirado do Livro Orixás em Poesia – Autor Paulo Lourenço



POESIA PARA OGUM
Paulo Lourenço


Lá do horizonte vem um cavalo branco,
saltando ribeiros, cruzando caminhos.
É meu pai Ogum que lá vem.
É para si meu pai que agora canto.
Vem nos dizer que não estamos sozinhos,
vem nos dizer que há sempre alguém,
e para quem merece estende seu manto.


Senhor meu pai, dono da espada,
senhor do ferro, senhor da lei.
O mal treme só de ouvir seu nome.
Vós que vigias cada estrada errada,
protecção eu peço, senhor meu rei.
Se estiver a meu lado o demónio some,
e não mais terei de ter medo de nada.


Meu pai Ogum, meu pai guerreiro,
leve-me consigo em sua viagem.
Levai-me a ver o outro lado do véu.
Saravá meu pai pelo mundo inteiro,
a papá Ogum eu presto homenagem,
que nossos espiritos se elevem ao céu,
seja esta a mensagem em todo o terreiro.


Almada, 16 de Janeiro de 2006


Retirado do Livro Orixás em Poesia – Autor Paulo Lourenço



OGUM E O EVANGELHO DE JESUS


Ogum é a vontade, os caminhos abertos, a energia propulsora da conquista, o impulso da ação, da
vontade, o poder da fé, a força inicial para que haja a transformação. É o ponto de partida, aquele que está à frente. É a vida em sua plenitude, a vitalidade ferrosa contida no sangue que corre nas veias, a manutenção da vida, a generosidade e a docilidade, a franqueza, a elegância e a liderança.


A energia oriunda da vibração de Ogum pode ser percebida claramente nestas palavras de Jesus:
“A tua fé te curou” (como a imposição das mãos, Ele acionou o poder da vontade de mudar de atitudes e pensamentos).


“Pedi e recebereis! Buscai e achareis! Porque todo aquele que pede,recebe!” , demonstrando que Deus nos dotou de inteligência e capacidade para que superemos nossas dificuldades, recomendando-nos o trabalho, a atividade e o esforço próprio.


Precisamos aprender a pedir, pois costumamos exigir soluções rápidas e eficazes para problemas de ordem material.


Estamos sempre correndo contra o relógio e perdidos entre compromissos assumidos, os quais muitas vezes extrapolam nossa capacidade de cumprir.


Esquecemos de cuidar de nossos sentimentos, de ir ao encontro do que nos realiza e nos dá satisfação interior, das coisas simples da vida.


Se acreditamos em reencarnação, então sabemos que tudo aqui é transitório, que estamos na Terra para evoluir em espírito, para superar a nós mesmos.


O “pedir”, colocado aqui, é no sentido de “receber” da Providência Divina o ânimo, a coragem, as boas idéias, a fim de que possamos crescer e adquirir a paciência necessária para lidar com as nossas imperfeições e com as dos outros.


Cada problema contém em si próprio a solução. Tudo está certo como está, pois tudo tem o seu tempo para mudar, crescer e amadurecer.


Aquilo que não nos cabe resolver “agora”, confiemos em Deus, pois quando estivermos prontos para compreender, tudo se resolverá. Devemos dar o melhor de nós, com ânimo, entusiasmo e confiança, agradecendo a oportunidade da vida.


Ogum representa, portanto, o caminho que precisamos percorrer, aquele caminho solitário para vencer os dragões internos que, na verdade, é o espírito em busca de si mesmo; percorrer o caminho de volta à unicidade com o Pai.


(Fonte: Umbanda Pé no Chão, pelo Espírito Ramatis – Médium: Norberto Peixoto).





O Verdadeiro guerreiro não é aquele que empunha uma espada , mas sim, aquele que sabe usar a cabeça. Então é certo que a Espada em escencia é a Alma do Guerreiro!


-Se conheces o inimigo e te conheces a ti mesmo, não precisas de temer o resultado de cem batalhas.


-Se te conheces a ti mesmo, mas não conheces o inimigo, por cada vitória sofrerás também uma derrota.


-Se não te conheces a ti mesmo nem conheces o inimigo, perderás todas as batalhas.
(Sun Tzu, A Arte da Guerra)



Conhecendo Ogum em 20 ítens


1. Senhor dos metais, das guerras e dos caminhos;
2. A ele deve-se pedir proteção para passar por lugares perigosos;
3. Protetor de todos que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, militares, agricultores, etc.;
4. Patrono da tecnologia, pois é o símbolo da força manual sobre o conhecimento prático;
5. Sincretizado com São Jorge e Santo Antonio;
6. Filho mais velho de Iemanjá é irmão de Exu e Oxóssi;
7. É a linha divisória entre razão e emoção;
8. Ogum é a franqueza, a decisão, a certeza e o fato consumado;
9. Implacável, destemido, lutador incansável e vingativo;
10. No entanto, pode ser dócil, amável e muito disciplinado. É a vida em plenitude;
11. Depois de Exu é o orixá mais próximo das mazelas e defeitos humanos;
12. Senhor das demandas, é o guardião dos templos, o que protege as porteiras;
13. É o que vem primeiro, está sempre à frente;
14. Exu representa a magia e Ogum, a guerra. É o general sempre disposto ao combate;
15. Os locais consagrados a ele ficam sempre ao ar livre;
16. Os instrumentos de Ogum são sete: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, faca e espada;
17. Seu lema é: Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a cólera implacável;
18. O sangue que corre em nossas veias é regido por Ogum;
19. Sua cor é  a vermelha; seu dia a terça-feira;
20. Saudação: Ogunhê meu Pai! Patakori Ogum!


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